terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Resenha #2 - Justine, O Quarteto de Alexandria

Olá, pessoas saudáveis!
Ano começando e aqui estou eu com mais uma resenha "saindo do forno" pra vocês.
Como vocês sabem, as resenhas que posto são baseadas unicamente em minhas leituras, por isso, quase sempre há um demorado intervalo entre a postagem de uma resenha e outra, já que o meu tempo livre dedicado à leitura é um tanto quanto limitado.
Sendo assim, sem mais enrolação, o livro que se prestará a ser resenhado será Justine, o primeiro livro da tetralogia "O Quarteto de Alexandria", do talentoso Lawrence Durrell.
A história é contada por um cidadão alexandrino, que, mesmo não sendo filho de Alexandria, deixou-se levar pelas sensações que a cidade proporciona. O narrador, não mencionando seu nome, apresenta uma gama de personagens que compuseram a sua história, dentre eles a misteriosa Justine. Justine, casada com Nessim, a princípio, é uma grande amiga do narrador. Depois de algum tempo  (como qualquer história de amor), os dois se descobrem apaixonados um pelo outro, ou, pelo menos, é isso que acha o narrador.
Justine é uma mulher fria, cheia de segredos e que se envolve com as pessoas buscando uma explicação para sua vida problemática.
Acreditem se quiserem, mas o livro não é mais um daqueles romances com final feliz em que a mocinha e o mocinho se apaixonam e vivem felizes para sempre, tem muito mais "pimenta" nessa história, que não é composta de apenas um mocinho ou mocinha. O narrador também tem um caso com Melissa, uma dançarina de cabaré, amante do velho Cohen (que a ama) e affair Nessim, o marido de Justine. Sei que parece mais com o poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade, mas é bem legal!
Não queria contar tudo, mas é impossível. No final, percebemos que os problemas de Justine foram causados por Capodistria, um amigo dos personagens que estuprou Justine há muito tempo atrás. Além disso, sabemos no final que a filha de Melissa (que o autor cita no início) foi fruto de seu caso com Nessim, porém é o narrador quem adota e cuida da criança.
Como podem ver, o livro é uma obra horrível de se resenhar, porém é maravilhosa para ser lida. Simplesmente encantadora.
Em pricípio, posso comentar que adorei o livro. Pra ser um livro de "introdução" à obra, superou todas as minhas expectativas, pois não se deteve apenas a uma apresentação amistosa do contexto e dos personagens, Justine é muito mais que isso. É uma obra misteriosa e envolvente.
O autor adiciona tantos fatos surpreendentes no decorrer da história que deixa o leitor perplexo com o desenrolar da trama. Os segredos que a obra vai revelando fez com que eu quisesse voltar algumas páginas, sempre imaginando "eu devo ter perdido alguma coisa!".
No início, confesso que me senti um pouco perdida, já que Durrel começa a contar a história não do princípio, mas do seu fim. Dessa forma, vai trazendo o passado à tona e mesclando com fatos do presente. Depois de um tempo, consegui me acostumar ao "ritmo" do livro e acompanhar os fatos.

E aí, entenderam aguma coisa?

Um comentário:

Mario F G Monteiro disse...

Parabéns Salomé. Uma excelente sinopse. Gostei muito.