sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Resenha #1 - Confissões, de Santo Agostinho

Hello, pessoas felizes!
Bem, como vocês devem ter observado, sempre apresento os livros que vou ler ou estou lendo, mas nunca os resenho aqui no blog. E, como preparação ao Desafio Literário do ano que vem, vamos esquentar os dedinhos e começar a resenhar as obras.
A primeira de todas será "Confissões" de Santo Agostinho, que eu passei 300 anos pra terminar de ler.
Então, sem mais blablaba, vamos à ela:
"Será, talvez, pelo fato de nada do que existe sem Ti, que todas as coisas te contêm? E assim, se existo, que motivo pode haver para Te pedir que venhas a mim, já que não existiria se em mim não habitásses?". É assim que Santo Agostinho começa suas "confissões". A obra é um relato de sua vida, tanto íntima como social, porém vista sob o contexto religioso. 
O contar de sua história se incia sob um arrependimento: o de se determinar pelas crença aos preceitos da doutrina Maniqueísta. Boa parte desta obra consiste em pedir perdão por ter sido maniqueu e por não atender tão cedo aos pedidos de sua mãe, Mônica, para que se tornasse fiel à religião católica.
Agostinho conta também a passagem de Ambrósio, Alípio e Adeodato por sua vida,  bispo, amigo e filho, respectivamente. Ambrósio foi um dos grandes responsáveis por sua conversão ao catolicismo. Alípio, seu grande amigo, sempre o apoiou em suas decisões e se converteu junto à ele. Adeodato, seu filho, nascido em 372 e batizado juntos com ele também.
A meu ver, a obra deixou de ser tão somente uma autobiografia e se tornou uma interpretação sólida da Bíblia. A perocupação do autor em entender o que os escritos bíblicos queriam dizer para ele o levou à interpretá-los de maneira filosófica, porém de forma muito interessante, se desgrudando do que está dito e compreendendo a intenção de Deus em criar "o céu e a terra".
Na realidade, a obra nem é tão extensa, são 349 páginas. Acho entre os grandes motivos para que eu me atrasasse na leitura dela foi, primeiro, a faculdade, que não deu muito espaço para que eu me dedicasse a outra coisa, e, segundo, a repetitividade, visto que o autor, no decorrer da obra, retoma muitos fatos e conceitos que ele anteriormente já havia dito.
Como opinião pessoal, a obra é bem ligada ao que se deve ou não fazer. Ela ainda tem muito a nos ensinar, mesmo sendo antiga, porém, por esse mesmo motivo, muitas das concepções do autor se tornaram ultrapassadas e nos leva a torcer o nariz pra certas concepções.
Fora isso, tudo OK!

Valor: R$ 17,00, no sebo
Editora: Martin Claret
Número de páginas: 432

A obra está na posição 32 da lista de "100 Melhores Livros de Todos os Tempos - Lista das listas", publicada pelo site da Bula Revista, e na posição 99 da lista "110 best books: The perfect library", publicada  no site Telegraph.

P.S: As listas citadas são só 2 das várias que uso para determinar minhas aquisições literárias.



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